Após a reunião de junho, o Federal Reserve adotou uma postura mais agressiva, indicando que está inclinado a realizar apenas um corte na taxa de juros até o final deste ano. Isso sustenta o crescimento dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA, o que, por sua vez, tem sido um fator-chave limitando o crescimento do ouro, um ativo que não gera rendimento.

No entanto, sinais de alívio nas pressões inflacionárias nos EUA aumentam as esperanças de um possível corte na taxa de juros pelo Federal Reserve em setembro, o que, por sua vez, impede o dólar americano de ganhar mais força. Enquanto isso, a incerteza política, um tom mais cauteloso nos mercados de ações e tensões geopolíticas contínuas apoiam o ouro como um ativo seguro.

Do ponto de vista técnico, a recente falta de momentum além da Média Móvel Simples (SMA) de 50 dias e a subsequente queda nos preços favorecem os vendedores. Os osciladores no gráfico diário estão mostrando momentum negativo, reforçando uma perspectiva de curto prazo negativa. Vendas adicionais abaixo do suporte horizontal em $2285 podem empurrar o preço do ouro em direção à SMA de 100 dias, atualmente próxima de $2250. A trajetória de baixa pode se estender até $2220 antes que o par XAU/USD alcance o nível de $2200.

Por outro lado, qualquer tentativa de recuperação enfrentará resistência próxima ao ponto de ruptura de $2315. Um crescimento sustentado pode desencadear uma cobertura de posições de venda, mas será limitado pela SMA de 50 dias, atualmente próximo de $2337. Uma alta adicional poderia levar o preço do ouro para a zona de resistência em $2369. Superar essa zona poderia anular cenários negativos de curto prazo, permitindo que os compradores visem a marca psicológica de $2400 e estendam potencialmente o aumento dos preços.